"Mônica, a filha do Mandrake" |
Noutro dia, estive com o empresário Roberto Marinho e seus três filhos, na cerimônia do lançamento da TV Futura, no Rio de Janeiro.
Foi um acontecimento cultural da maior importância: uma TV educativa nascia a partir de esforços e investimentos da iniciativa privada. E a família Marinho não escondia seu entusiasmo.
Da “Casa do Bispo”, uma majestosa mansão restaurada pela “Fundação Roberto Marinho” onde se deu a cerimônia, fomos de helicóptero para outro local que também é motivo de orgulho para os Marinho: o PROJAC. Gigantesco complexo de estúdios e “cidades” cenográficas onde são gravadas as novelas da Globo.
Situa-se na beirada da Barra da Tijuca, em Jacarepaguá, ao pé de montanhas lindíssimas com faixas de mata virgem.
Tudo fazendo parte do “Império” de comunicações e outros negócios que Roberto Marinho criou e dirigiu por mais de meio século.
Mas enquanto os convidados maravilhados com toda aquela organização e tecnologia do PROJAC conversavam antes de um bom almoço que se anunciava, eu tinha mais alguns motivos para admirar tudo aquilo com outros olhos. Primeiro porque tenho minhas revistas editadas pelas Organizações Globo e são as revistas de quadrinhos mais vendidas no país. Há anos. Resultado de um bom “casamento” entre nossos estúdios e o braço editorial da Globo. Mas em segundo lugar, o empresário Roberto Marinho também tem algo a ver com as origens do desenhista Mauricio. Bem lá longe, no tempo.
Eu deveria ter uns seis anos. Morava em Mogi quando meu pai me “apresentou” o primeiro “O Globo Juvenil”. Era uma publicação recheada de histórias em quadrinhos americanas as mais famosas que chegava aos jornaleiros três vezes por semana. Vinha do Rio de Janeiro e era editada pelo mesmo Roberto Marinho com quem eu conversava, agora, no PROJAC. Na esteira do sucesso de “O Globo Juvenil” nascia o “gibi”, outra publicação tri-semanal também com ótimas histórias em quadrinhos.
Mas enquanto se desenvolvia essa disputa entre as duas publicações do jornalista Roberto Marinho, eu aproveitava para curtir as histórias e, principalmente, aprender a ler.
Ainda não estava na escola. Então, espalhava “O Globo Juvenil” no chão, escolhia uma história colorida com desenhos atraentes e iniciava a busca do som das letras e sílabas.
Foi um acontecimento cultural da maior importância: uma TV educativa nascia a partir de esforços e investimentos da iniciativa privada. E a família Marinho não escondia seu entusiasmo.
Da “Casa do Bispo”, uma majestosa mansão restaurada pela “Fundação Roberto Marinho” onde se deu a cerimônia, fomos de helicóptero para outro local que também é motivo de orgulho para os Marinho: o PROJAC. Gigantesco complexo de estúdios e “cidades” cenográficas onde são gravadas as novelas da Globo.
Situa-se na beirada da Barra da Tijuca, em Jacarepaguá, ao pé de montanhas lindíssimas com faixas de mata virgem.
Tudo fazendo parte do “Império” de comunicações e outros negócios que Roberto Marinho criou e dirigiu por mais de meio século.
Mas enquanto os convidados maravilhados com toda aquela organização e tecnologia do PROJAC conversavam antes de um bom almoço que se anunciava, eu tinha mais alguns motivos para admirar tudo aquilo com outros olhos. Primeiro porque tenho minhas revistas editadas pelas Organizações Globo e são as revistas de quadrinhos mais vendidas no país. Há anos. Resultado de um bom “casamento” entre nossos estúdios e o braço editorial da Globo. Mas em segundo lugar, o empresário Roberto Marinho também tem algo a ver com as origens do desenhista Mauricio. Bem lá longe, no tempo.
Eu deveria ter uns seis anos. Morava em Mogi quando meu pai me “apresentou” o primeiro “O Globo Juvenil”. Era uma publicação recheada de histórias em quadrinhos americanas as mais famosas que chegava aos jornaleiros três vezes por semana. Vinha do Rio de Janeiro e era editada pelo mesmo Roberto Marinho com quem eu conversava, agora, no PROJAC. Na esteira do sucesso de “O Globo Juvenil” nascia o “gibi”, outra publicação tri-semanal também com ótimas histórias em quadrinhos.
Mas enquanto se desenvolvia essa disputa entre as duas publicações do jornalista Roberto Marinho, eu aproveitava para curtir as histórias e, principalmente, aprender a ler.
Ainda não estava na escola. Então, espalhava “O Globo Juvenil” no chão, escolhia uma história colorida com desenhos atraentes e iniciava a busca do som das letras e sílabas.
Lembro-me de como me marcou uma história do Mandrake, às voltas com amazonas gigantes, que eu teimava em entender. Felizmente, minha mãe sempre estava ao lado para “soprar” sons das letras e palavras que eu ia decorando ou reconhecendo nas repetições.
Outras histórias, outros heróis foram surgindo e ajudando na minha formação de desenhista de quadrinhos. Para tudo desaguar no sucesso atual dos nossos personagens.
E, por isso, enquanto circulava pelo PROJAC, noutro dia, ao lado da família Marinho, não podia deixar de lembrar e ficar agradecido ao empresário que construiu a ponte que me permitiu aprender, sonhar junto e depois estar ao seu lado fazendo quadrinhos.
Enquanto, de novo, sonhamos. Agora com a televisão.
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